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Traumas emocionais segundo a psicanálise: por que entender é o primeiro passo para a cura

  • Guilherme Chiqueto
  • 25 de jun.
  • 2 min de leitura

Os traumas emocionais são feridas invisíveis que marcam profundamente a nossa vida, afetando não só o presente, mas também a forma como nos relacionamos com nós mesmos e com os outros. Para a psicanálise, o trauma não é apenas um acontecimento isolado, mas uma experiência que ficou “presa” no inconsciente, causando sofrimento silencioso. Freud já dizia que “o inconsciente é o verdadeiro estrangeiro em nós mesmos” ou seja, parte do que sentimos e vivemos está escondida, e precisamos trazer isso à luz para curar.

Na psicanálise, o trauma surge quando desejos, medos e lembranças dolorosas são reprimidos e não encontram espaço para serem expressos. Esses conteúdos reprimidos podem se manifestar como ansiedade, depressão, medos ou dificuldades nos relacionamentos. O que vemos na superfície é só um sinal de algo mais profundo que precisa ser entendido, não apenas tratado.

O processo de tratamento psicanalítico é um convite para mergulhar na própria história e dar voz aos sentimentos e memórias que estavam silenciados. Não é um caminho rápido, mas aos poucos, com acolhimento e paciência, o trauma deixa de ser um peso para se tornar uma oportunidade de crescimento. Como Freud falou, “o sintoma só desaparece verdadeiramente quando o sujeito consegue significá-lo”.

Um aspecto fundamental da psicanálise é a relação de confiança entre paciente e analista. Esse vínculo cria um espaço seguro para que a pessoa explore suas dores mais profundas sem medo ou julgamento, abrindo caminho para a ressignificação e a cura emocional.

Se os traumas não forem tratados, podem se repetir e afetar não só a nossa vida, mas também a de quem está ao nosso redor. Por isso, a psicanálise não só ajuda no alívio pessoal, mas também contribui para transformar a sociedade, rompendo ciclos de sofrimento.

Entender o que está por trás do trauma é o primeiro passo para a verdadeira cura. E, como Freud nos lembra, é no encontro com nosso inconsciente — esse estranho dentro de nós — que podemos encontrar o caminho para uma vida mais saudável e feliz.


Referências

FREUD, Sigmund. Introdução ao Narcisismo. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV, 1915.

FREUD, Sigmund. O Ego e o Id. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIX, 1923.


 
 
 

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